segunda-feira, 8 de outubro de 2012


Enquanto eu saía da ponte bem devagar, já que havia ficado tempo demais ali, e porque muitos carros misturados aos curiosos impediam que eu aumentasse a velocidade do meu, percebi mais na cabeceira da ponte um homem bem vestido, de mais ou menos uns quarenta anos. Percebi também, mais afastados, dois homens, e não me foi difícil deduzir que eram seguranças. O homem bem vestido olhava para o rio e sua expressão era de incredulidade. Algo nele me chamou a atenção. Percebi que estava muito nervoso e assustado e não parecia ser só mais um curioso. Passei por ele olhando-o. Ele percebeu que eu o olhava, virou-se e foi então que vi que estava chorando. Ele apressadamente se afastou em direção ao seu carro seguido pelos dois homens. Continuei olhando-o e automaticamente eu olhei também a placa de seu carro. Um pensamento me assaltou e imediatamente anotei o número. Não sei por que fiz isso, mas algo me dizia para fazê-lo. Talvez estivesse ali a chave para desvendar algum mistério. Senão vejamos: o que estaria fazendo ali naquele momento, um sujeito com atitudes estranhas, nervoso, escondendo-se, e portando-se de modo diferente dos demais, os quais faziam todo tipo de comentários, enquanto ele permanecia afastado e calado? Sempre tive um faro para mistérios e neste momento minha veia de detetive inflou-se.

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